terça-feira, 28 de junho de 2016

Tá Todo Mundo Mal

"Do alto de seus 25 anos, Julia Tolezano, mais conhecida como Jout Jout, já passou por todo tipo de crise. De achar que seus peitos eram pequenos demais a não saber que carreira seguir. Em tá todo mundo mal, ela reuniu as suas "melhores" angústias em textos tão divertidos e inspirados quanto os vídeos de seu canal no YouTube, "Jout Jout, Prazer". Família, aparência, inseguranças, relacionamentos amorosos, trabalho, onde morar e o que fazer com os sushis que sobraram no prato são algumas das questões que ela levanta. Além de nos identificarmos, Jout Jout sabe como nos fazer sentir melhor, pois nada como ouvir sobre crises alheias para aliviar as nossas próprias!" - x

O que achei do livro

Ao contrário de muitas pessoas, eu não acompanho o canal da Jout Jout no YouTube. Mas fiquei curiosa sobre como seria esse livro por ser diferente de todos os outros livros de youtubers que já ouvi falar. Esse não seria sobre a trajetória dela, mas sobre crises que as pessoas têm. No final, acaba sendo sobre a vida dela sim, mas de qualquer maneira eu li. Achei legal, não é um livro ótimo, mas gostei. Ela fala das várias crises que já teve e, sinceramente, eu achava que eu era insegura, mas depois de ler todas essas crises dela, vejo que não sou tão assustada e insegura assim. Achei legal a coragem dela de colocar tudo isso num livro e compartilhar com as pessoas que também podem passar pelo mesmo. Logo na introdução ela diz: "Porque eu tenho crises e você tem crises. Quem sabe já tivemos as mesmas crises, eu riria e falaria "ai, sei exatamente como é". Ou ficaria boquiaberta e um pouco feliz  por ainda não ter vivido nada parecido. E quando chegasse a minha vez de ter essa crise em particular, que fiquei tão feliz em não ter, eu lembraria da sua e ficaria ainda mais feliz por saber que não estou sozinha nessa nova crise". Eu não tive muitas crises que estão nesse livro, o que é bom, mas não fico feliz, fico surpresa de alguém conseguir sofrer com algo visto por mim como tão pouco. Mas cada um com suas crises, porque Jout Jout tem, você tem, todos nós temos crises.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Mais um atraso para a coleção

Eu deveria ter muita vergonha de vir aqui e escrever essa postagem. De verdade. Mas me recuso a deixar passar em branco. Então: hoje o Atreva-se a Ser Feliz completa 6 anos e 2 meses! Já está tão grandinho, eu não imaginava mesmo que o blog duraria tanto tempo e eu teria um carinho tão grande por esse cantinho. A idade não é o motivo que eu deveria me envergonhar. A vergonha é ter esquecido totalmente e deixado passar em branco o aniversário do ano passado, de quando o Atreva-se fez 5 anos. Na verdade, também esqueci quando completou 6 anos, afinal, hoje são 6 anos e 2 meses. Não tem como não reparar que eu esqueci porque a cada ano que passa mais coisas eu tenho para fazer, seja deveres, obrigações, responsabilidades ou diversão. 
A época de passar a tarde inteira no computador conversando com minhas amizades virtuais que gostavam de Tokio Hotel já passou. A época de querer - e conseguir - escrever uma postagem por dia aqui já passou. A época de escolher uma frase ou uma música para cada fim de postagem já passou.  A época de escrever com palavras em colorido já passou. A época de vir aqui para desabafar ou para "conversar" com alguém quando eu me sentia sozinha já passou. Os tempos mudaram e eu espero que não chegue a época que eu não consiga fazer ao menos uma postagem por mês. Não quero largar o blog que eu posso escrever o que eu sinto: minhas felicidades, minhas dores, minhas saudades, tudo que eu estiver sentindo e quiser colocar para fora.
Sobre eu ter deixado passar tanto tempo para comemorar o aniversário de 5 e 6 anos, eu nunca fui muito boa nessas comemorações. No primeiro ano já fiz besteira comemorando antes, quando deixei o dia passar em branco e só fui perceber no mês seguinte. No segundo aniversário também esqueci e só comemorei no mês seguinte. Para quebrar a quase tradição, quando o Atreva-se fez três aninhos, consegui lembrar no dia! Mas meu lado enrolado quis brincar mais um pouquinho e, de novo, comemorei com um mês de atraso os quatro anos de blog. 
Uma das melhores ideias que já tive foi criar esse cantinho. Foi por um motivo tão simples, só por assistir a um filme em que um personagem tinha um blog e agora estou aqui depois de seis anos. O nome que escolhi também foi depois de pensar um pouco, mas nada muito marcante. Atualmente não vejo nome que seria mais a minha cara que Atreva-se a Ser Feliz. Foi e continua sendo com a ajuda desse blog que eu vou me atrevendo a ser quem eu sou e ser feliz assim.

Feliz 5 anos atrasado!
Feliz 6 anos e 2 meses!
(Espero que eu não me esqueça do próximo aniversário)

terça-feira, 14 de junho de 2016

Sensação melhor não há


Tentativas vãs de descrever o que me calou
Me roubou palavras e chão e ar
Me roubou de mim

E a dor some no vazio
Que o seu beijo preencheu
Da flor somem os espinhos
É assim o mundo que você me deu

Não há, sensação melhor não há
Sinto estar perdida e salva

Tentativas vãs de libertar o sentido maior
Que as palavras prenderam
Quando eu disse: amo você

Em lugar de mil palavras
Deixa o instinto se exercer
Deixa o íntimo silêncio
Percorrer só

Apesar de ser tão claro
Eu não consigo entender
E apesar de ser tão imenso
Cabe em mim
O mundo que você me deu

(Perdida e Salva - Sandy)

domingo, 5 de junho de 2016

O caminho a ser seguido

" - E o que você quer?
   - O que eu quero do quê?
   - Da vida?
Pisquei.
   - Isso é um pouco íntimo, não?
  - O que você quer no geral. Não estou pedindo para se autoanalisar. Só estou perguntando o que você quer. Casar? Ter alguns pestinhas? Sonha com alguma profissão? Gostaria de viajar pelo mundo?
Fez-se uma longa pausa.
 Acho que eu sabia que minha resposta o desapontaria mesmo antes de eu dizer aquelas palavras.
   - Não sei. Nunca pensei nisso." 
(Como Eu Era Antes de Você, pg. 64)

Essa conversa é de um livro, mas poderia ser alguém falando comigo. Nunca fui muito de pensar no que faria num futuro distante, principalmente quando era mais nova. Simplesmente não conseguia responder a perguntas como "como você se vê daqui a dez anos?", minha resposta sempre era "não sei nem se estarei viva até lá". Atualmente não respondo assim, mas continuo sem ter algo que seja um grande objetivo de vida. Isso me leva a pensar sobre qual é meu sonho: talvez ir a Disney? Nunca fui muito de ficar repetindo "isso seria o meu sonho". Muita gente tem o sonho de trabalhar em alguma área específica. Eu penso que seria legal trabalhar entrevistando artistas, a área do entretenimento, mas isso não chega a ser um sonho. Talvez trabalhar na Disney seja muito bom, mas eu nem sequer fui aos parques, então não tenho ideia de como é estar lá, muito menos trabalhar. Dizem que temos que fazer todos os nossos esforços para realizarmos nossos sonhos, descobrirmos e enfrentarmos os nossos medos para que assim possamos chegar aonde queremos. A questão é: não sei para onde quero ir. E isso já me lembra outra conversa e, dessa vez, de Alice no País das Maravilhas:

Alice: Eu só queria saber que caminho tomar..
Gato: Isso depende... do lugar, aonde quer ir.
Alice: Oh, realmente não importa desde que eu-
Gato: Então não importa que caminho tomar.

Esse trecho é famoso e se encaixa perfeitamente na minha situação. Será que é por isso que gosto desse filme desde que comecei a me preocupar mais sobre o que farei da minha vida? A psicologia deve explicar. De qualquer modo, a mensagem que esse trecho passa é que se a pessoa está perdida, não faz diferença para onde vai. Então, se eu não tenho um grande objetivo de vida, um grande sonho, não importa que caminho seja criado ao longo da minha vida. Mas eu não queria que fosse assim. Eu queria poder agir de alguma forma, concentrar minhas forças e energias para conseguir construir um bom caminho. Queria ser uma pessoa que se sente realizada com o que conquistou. Mas eu não tenho formado em minha mente um grande objetivo, algo que eu queira muito conquistar. Pela minha idade, eu já deveria ter. Mas não tenho.
Se essa situação continuar por mais um tempo, será um problema. Espero que mude, que alguma ideia apareça na minha mente e eu passe a fazer com que minhas ações sejam baseadas em etapas para alcançar meu objetivo/sonho. Não sei o que devo fazer para que essa ideia apareça. Por enquanto, talvez minha motivação maior seja querer casar e criar uma família. Isso nunca foi um sonho, mas acho que é o mais próximo que tenho de querer tornar algo realidade. Quero poder responder às perguntas "Qual seu sonho?" e "Qual seu objetivo de vida?" com convicção. Quero poder responder "O que você está fazendo hoje para chegar onde quer chegar?" sabendo o meu destino e o que realmente faço para chegar a ele. Enquanto isso não acontece, continuo tão perdida quanto Alice, tentando descobrir qual caminho seguir.