domingo, 29 de maio de 2016

Alice Através do Espelho

"Alice (Mia Wasikowska) retorna após uma longa viagem pelo mundo, e reencontra a mãe. No casarão de uma grande festa, ela percebe a presença de um espelho mágico. A jovem atravessa o objeto e retorna ao País das Maravilhas, onde descobre que o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp) corre risco de morte após fazer uma descoberta sobre seu passado. Para salvar o amigo, Alice deve conversar com o Tempo (Sacha Baron Cohen) para voltar às vésperas de um evento traumático e mudar o destino do Chapeleiro. Nesta aventura, também descobre um trauma que separou as irmãs Rainha Branca (Anne Hathaway) e Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter)." - x

O que achei do filme:

Há muito tempo não escrevo sobre filmes aqui, meu tempo disponível está diminuindo cada vez mais. Só que desse filme eu não poderia deixar de falar aqui. O primeiro foi lançado em 2010, bem no comecinho do Atreva-se, eu amei a história e estava começando a gostar da ideia de ter um blog. Acho legal eu conseguir voltar aqui depois desses anos todos e ver como eu mudei o jeito de escrever, lendo a postagem que fiz sobre o primeiro filme. Diferentemente de 2010, este ano consegui assistir ao filme na estreia. Tenho um carinho por essa história porque teve uma época que eu não conseguia parar de ver esse filme, então essa continuação meio que me jogou para o passado. 
Mas sobre o filme mesmo: eu gostei da história, achei legal falar sobre o tempo, ri das piadinhas sobre o tempo, nem me lembrava que havia tantas frases sobre isso. Achei legal os personagens do primeiro filme aparecerem aos poucos, ia me lembrando conforme apareciam - não lembrei de rever o primeiro filme a tempo para estar com tudo fresco na cabeça. Gostei de terem revelado o motivo da Rainha Vermelha ser tão revoltada, acho que a tendência dos filmes agora é mostrar que ninguém é completamente do bem ou do mal. Quando soube que o filme tinha quase duas horas fiquei assustada, mas não senti o tempo passar enquanto estava na sala do cinema. Meu personagem preferido continua sendo o gatinho, Cheshire, ele é muito lindo e fofo, mesmo que algumas pessoas o considerem macabro ou assustador. A mensagem que o filme passa no fim é bem legal, o tempo é precioso, não volta e temos que aproveitar ao máximo. Estou sentindo isso na pele a cada dia que passa, com tantos deveres e responsabilidades que preciso fazer, meu tempo livre tornou-se muito valioso. Já não lembro exatamente as falas no final do filme, mas concordei totalmente com a mensagem que passaram. O filme estreou dia 27 de maio.




segunda-feira, 23 de maio de 2016

20.05.2016

Fui ao show da cantora da minha infância: Sandy! Foi bem legal. Quando vi que haveria show dela no RJ, logo fiquei com vontade de ir, mas demorei para comprar os ingressos e eles esgotaram antes de eu conseguir comprar. Acho que a procura foi grande, porque abriram uma data extra e só assim eu consegui garantir minha ida ao show dela. O extra, no caso, foi antes do primeiro show anunciado. Estava bem cheio, soube que não esgotou, mas chegou perto, estava muito cheio. Foi no Vivo Rio, lá não é tão grande assim, mas considerando que ela encheu o lugar por dois dias, acho que daria até para ser no Citibank Hall, que agora mudou de nome e é Metropolitan.
Saí de casa um pouco depois do que queria, mas não foi tão tarde: o show começava às 22h, saí de casa era 21:15, um pouco apertadinho, mas não o suficiente para me deixar muito tensa, mesmo que os ingressos não estivessem comigo e ainda precisássemos passar na bilheteria para buscar, já que compramos pela internet. Mas como todo show precisa de uma tensão minutos antes, as ruas próximas ao Vivo Rio estavam engarrafadas, uma rua estava fechada e tínhamos que passar em frente ao aeroporto. Eu já estava achando que reviveria o momento do show da Hilary Duff, em janeiro de 2008, que saí do carro antes do show começar, mas o processo de comprar os ingressos na bilheteria fez com que eu ouvisse o show começar enquanto eu ainda estava do lado de fora e acho que não tem som que me deixe mais ansiosa do que ouvir som de gritaria abafada, música alta e eu do lado de fora não conseguindo entrar logo! Mas voltando à Sandy, saímos do táxi faltando oito minutos para começar. 
Pegar os ingressos foi mais fácil do que imaginei, levou um minuto no máximo. O moço disse para ficarmos calmas porque era para a Sandy ter chegado às 16h para passar som e só chegou às 20h. Então me acalmei, mesmo não podendo confiar totalmente, vai que ela corre com tudo para começar na hora. Entrei no Vivo Rio e procurei a minha mesa, vi que não era tão atrás! O público do show era da minha idade para cima e como minha mãe falou, "o público do Sandy e Júnior cresceu", mas também havia gente mais velha.
Como o menino havia avisado, o show atrasou. Deu 22h20min, as luzes apagaram e começou a passar vídeos no telão, depois de um tempo percebi que era como se fosse um extra de DVD, e realmente era, do DVD que vai ser lançado em breve. Ficou passando esse vídeo por mais ou menos vinte minutos, o que para um show é muito tempo de "abertura". Não sei se isso era planejado ou se era para disfarçar o atraso da Sandy, mas quando terminou de passar, ficou talvez 30 segundos com tudo escuro, todos esperando a entrada dela. O show finalmente começou quando era 22h40min. Ela começou cantando "Meu Canto", dentro de uma estante ou armário, aparecendo só a silhueta dela, e achei a música bem bonita. Pelo que eu lembro do vídeo, a Sandy escreveu essa música especialmente para os shows dessa turnê. Quando ela saiu, foi quase como voltar segundos na minha infância, porque eu estava num show ao vivo com ela, de Sandy e Júnor, depois de 16 anos.
Depois veio Sim, que eu não ligo muito. Na verdade, conheci as músicas dela depois de ter garantido os ingressos, em duas semanas consegui conhecer quase todas, só não conhecia as inéditas da turnê - nem tão inéditas assim porque ela fez o mesmo show em Niterói há dois ou três meses e acho que em São Paulo também.
Eu não consegui o Setlist, então vou falar das que eu lembro. Uma das que eu mais esperava era Aquela dos 30, que achei engraçadinha desde a primeira vez que ouvi, principalmente pela letra, foi bem legal e a primeira do show que eu sabia cantar toda. Me Espera foi muito linda ao vivo, fiquei toda arrepiada nessa música - e nem tinha o Tiago Iorc, que faz participação na música e é outro artista nacional que eu quero muito conseguir ir ao show! Sandy disse que como não podemos carregá-lo embaixo dos braços, nós teríamos que cantar a parte dele e ficou bem bonito. Uma coisa que chamou atenção foi que a Sandy tossia várias vezes, depois ela explicou que estava saindo de uma gripe, estava um pouco rouca e que se a voz dela estivesse estranha era por isso. Em nenhum momento a voz dela ficou esquisita, eu fiquei ainda mais admirada em como a voz dela consegue ser boa.
Ela cantou uma música nova, Respirar, achei super fofa, adorei a letra e quero poder ouvir logo. Escolho Você também foi legal de ouvir, essa eu conheci quando ela lançou, lembro que gostei do clipe. Também apresentou outra música nova, Salto, eu achei bem bonita também. Olhos Meus era uma das que eu mais queria ouvir porque eu adoro o piano, mas no show ela mudou um pouco,  colocou outros instrumentos e deixou mais lenta. Assim não ficou tão bonita quanto a original, mas também ficou legal, só senti um pouco de frustração por não ouvir só a voz dela com o piano. Eu também queria ouvir Pés Cansados porque acho bonitinha, gostei de cantar ao vivo com ela. Quando começou Sem Jeito, parece que os fãs já tinham combinado, ou essa era a deixa, para que todos levantassem das cadeiras - alguns até subissem nelas - e ficassem curtindo o show em pé. Não entendi nada, mas para minha sorte, as pessoas da minha direção não tinham levantado muito. Até aí eu continuava sentada, mas depois veio o início de uma música, que me fez ficar atenta: "Isso é Sandy & Júnior? Isso é Sandy & Júnior?", fiquei perguntando para a N, mas ela não sabia responder. Cheguei a conclusão que realmente era quando ela começou a cantar. O instrumental estava um pouquinho diferente, por isso me deixou na dúvida, fora o detalhe de que há anos eu não ouvia essa música e nunca pensaria que ela cantaria essa no show dela: Nada é Por Acaso. Nunca liguei muito para essa música - até porque no álbum era depois de A Gente Dá Certo que eu adorava -, MAS sendo uma música do Sandy & Júnior ao vivo, depois de anos, já foi o suficiente para me deixar atacada - e todas as outras pessoas porque não via mais ninguém sentado. Estava difícil de enxergar a Sandy, mas deu para aproveitar e, principalmente, consegui cantar a música toda, que eu não sei como aquelas palavras saíram da minha boca, deveriam estar armazenadas bem no fundo do meu cérebro porque eu nunca mais tinha ouvido e nem era de colocar essa música. Ela também cantou Desperdiçou, que também é de Sandy & Júnior mas não tem mais tanto valor emocional porque eu já não ouvia tanto quando essa música foi lançada. Mas foi escolhida como falsa última. Ela se despediu e como eu não conheço os shows dela, tinha minhas dúvidas se ela voltaria.
Enquanto ela não voltava, os fãs começaram a cantar Quando Você Passa (Turu Turu), fui cantando junto, também não era uma das minhas favoritas, mas entre aquelas que ela tinha cantado, essa era melhor. A banda voltou ao palco e quando a Sandy entrou, começou a cantar com a gente. Aí me senti com os 5 e 6 anos de novo, porque todos estavam cantando junto, igual a como eu fazia com minhas amigas da creche. Ela cantou até que bastante e quando parou, todos comemoraram. Aí sim me senti com a Sandy de Sandy & Júnior. Custava o Júnior aparecer de surpresa nesse show?! Podia né? Aí eu ficaria louca. A última música do show foi Ponto Final, que eu também acho divertida e todos estavam cantando e dançando.
O cenário estava bem legal e adorei a saia longa da Sandy, preta e rendada. Quanto ao setlist, ela mesma disse que o show era igual ao que ela fez quando gravou o DVD, então é só esperar para ver quais músicas têm no DVD. O show foi bem legal, valeu muito a pena ter ido, ainda bem que consegui comprar ingresso desse show extra. Já quero ir no próximo! 

domingo, 15 de maio de 2016

Como Eu Era Antes de Você

"Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.
Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro." - x

Autora: Jojo Moyes
Páginas: 320 páginas
Editora: Intrínseca

O que achei do livro

Já tinha visto esse livro nas lojas, mas não tinha me interessado. Só depois que assisti ao trailer que a vontade de saber da história surgiu. Quis assistir ao filme, que só estreia mês que vem, então veio a ideia de ler o livro antes de ir ao cinema. Eu estava com saudade de ler livros assim, que me prendessem na história, que me deixassem com aquela vontade de não parar de ler - tanto que terminei de ler já estava começando a madrugada. Levei 10 dias para ler, porque mesmo cheia de coisas para fazer, eu queria ler um livro e esse me predeu muito. Aliás, a maior parte eu li dentro do ônibus a caminhos dos deveres. Para minha sorte, li os últimos capítulos em casa e as lágrimas puderam cair sem que eu ficasse como a "louca do transporte público". Quando estava no início da leitura, uma menina me avisou que eu iria chorar muito com a história. Eu já havia chegado além da metade e não havia chorado, então achei que isso não aconteceria, mas o final foi muito forte para mim. Embora eu não goste muito da alternância de personagem narrador em cada capítulo, achei interessante como foi feito nesse livro, apenas alguns capítulos mudavam a perspectiva e para mim foi muito interessante. Também mudei o meu modo de olhar a rua, pensar mais nas dificuldades de um cadeirante, nas calçadas com buracos, em como um caminho pode ser complicado. A visão que Clark tinha da vida se pareceu um pouco comigo, mas isso fica para outra postagem. "Como Eu Era Antes de Você" conseguiu me encantar, vivi com os personagens e preciso ler Depois de Você, a continuação, logo!


sexta-feira, 13 de maio de 2016

Cova 312

A Longa Jornada de Uma Repórter Para Descobrir o Destino de Um Guerrilheiro, Derrubar Uma Farsa e Mudar Um Capítulo da História do Brasil
"Menos de dois anos depois de seu surpreendente bestseller de estreia, “Holocausto brasileiro”, Daniela Arbex volta com mais um livro corajoso e revelador. Escrito como um romance, nele se conta a história real de como as Forças Armadas mataram pela tortura um jovem militante politico, sumiram com seu corpo e forjaram um suicídio. Daniela Arbex reconstitui o calvário deste jovem, de seus companheiros e de sua família até sua morte e desaparecimento. E continua investigando até descobrir seu corpo, na anônima Cova 312 que dá título ao livro e ainda apresenta uma revelação bombástica para mudar um capítulo da história do Brasil. Uma história apaixonante, cheia de mistério, poesia, tragédia e sofrimento. O prefácio é assinado pelo escritor Laurentino Gomes, da trilogia 1808, 1822 e 1889, leia um trecho, “O tema pode parecer pesado e, como trata de episódio ainda mal resolvido da história recente brasileira, difícil de digerir. Seria assim, não fosse a capacidade prodigiosa de Daniela Arbex de transformar histórias trágicas em uma narrativa fluida, atraente, poética e, em alguns momentos, até divertida.” - x

Autora: Daniela Arbex
Páginas: 344 páginas
Editora: Geração

O que achei do livro

Eu nunca pegaria um livro desses para minha leitura, esse é um assunto que não tenho animação para ler. Claro que foi uma leitura imposta. Já acabei de ler tem um mês, mas com tantas coisas que tenho feito não tive tempo de escrever aqui - motivo de abril ter apenas uma postagem. Quando comecei a ler, tentei não lutar contra, mas ao longo do livro a história ficava mais pesada e terminar este livro foi uma luta. Me forçava a continuar lendo, mas precisei fazer algumas pausas para me recuperar: a descrição das torturas tinham tantos detalhes que me davam enjoo, de verdade. Fiquei enjoada várias vezes. A história não me prendia, mas não que tenha uma narrativa ruim, é o assunto que me causa rejeição. De qualquer maneira, apenas no fim do livro, no penúltimo capítulo, é que eu fiquei presa ao livro e quando eu finalmente estava começando a ler com mais vontade, o livro acabou. Quem gosta de ler sobre ditadura e assuntos mais pesados, o livro é bom, mas não é o estilo que eu gosto. Precisei me forçar muito para terminar de ler tudo.