segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Há 5 anos, 23/11/2010

Já se passaram cinco anos da realização de um sonho. O sonho de conseguir presenciar um show do Tokio Hotel. Eu, com 15 anos, consegui sentir a emoção de finalmente estar num show da "melhor banda do mundo", ouvi Tokio  Hotel ao vivo! Dia 23 de novembro nunca mais foi o mesmo depois desse show, não tem como não lembrar de Tokio Hotel. Esse dia continua sendo o melhor dia da minha vida: toda a emoção de viajar, ir pela primeira vez a um show em outro estado, encontrar as amigas que eu ficava horas conversando pela internet, estar no primeiro show do Tokio Hotel no Brasil, vê-los com meus próprios olhos. Para algum dia superar este... será difícil. Talvez, o que chegue perto, seja o dia 28 de agosto de 2015, quando encontrei e consegui falar duas ou três palavras com Tokio  Hotel, mas só por esse encontro - não sei se isso consegue superar toda a emoção que eu sentia em 2010, mas nisso também entra a questão da idade: esses 5 anos que se passaram já me mudaram demais, acabei crescendo, acontece com todos. Por mais que eu quisesse sentir tudo aquilo, acho que já não consigo tanta intensidade, é aquilo que dizem quando se trata de ídolos e shows, "há coisas que só meninas de 14, 15 anos conseguem". 

Mas bom, hoje são cinco anos desse show. Quando assisto a abertura, o início de Noise, eu ainda consigo sentir um pouco do que sentia naquela hora, talvez 0,1%. A ansiedade não cabia em mim, o áudio de introdução não acabava, o homem dizendo "Tokio Hotel", cada segundo que passava conseguia me deixar cada vez mais alterada - e, de repente, Tom Kaulitz aparece na minha frente, pela primeira vez. Gritos e mais gritos, "ai meu Deus", "Tom!", tremedeira, tudo possível em poucos segundos. Tenho saudade disso, dessa emoção gigante, é muito gostosa essa adrenalina de shows. Eu fui muito feliz naquelas 1h e alguns minutos, me senti realizada. E quem diria que após 5 anos, eu conseguiria conhecê-los pessoalmente, chegar perto deles, encostar no Tom, encostar no Bill, ter uma foto com eles! Se eu pudesse voltar no tempo, diria a mim mesma "espera que daqui a 5 anos, o encontro e a foto que você tanto quer irá acontecer" só para ver minha cara. Não, eu deixaria o efeito surpresa, como aconteceu mesmo. 

O fato é que o tempo não para, continua passando e me distancio cada vez mais do dia 23 de novembro de 2010. Tokio Hotel continua sendo muito importante para mim, cresci com eles, afinal são 7 anos sendo fã. Esse dia continua sendo especial para mim e duvido muito que algum dia perca a importância.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Número Zero

"O novo best-seller internacional de Umberto Eco. O romance que é um verdadeiro manual do mau jornalismo Um grupo de redatores, reunido ao acaso, prepara um jornal. Não se trata de um jornal informativo; seu objetivo é chantagear, difamar, prestar serviços duvidosos a seu editor. Um redator paranoico, vagando por uma Milão alucinada (ou alucinado numa Milão normal), reconstitui cinquenta anos de história sobre um cenário diabólico, que gira em torno do cadáver putrefato de um pseudo-Mussolini. Nas sombras, a Gladio, a loja maçônica P2, o assassinato do papa João Paulo I, o golpe de Estado de Junio Valerio Borghese, a CIA, os terroristas vermelhos manobrados pelos serviços secretos, vinte anos de atentados e cortinas de fumaça — um conjunto de fatos inexplicáveis que parecem inventados, até um documentário da BBC mostrar que são verídicos, ou que pelo menos estão sendo confessados por seus autores. Um perfeito manual do mau jornalismo que o leitor percorre sem saber se foi inventado ou simplesmente gravado ao vivo. Uma história que se passa em 1992, na qual se prefiguram tantos mistérios e tantas loucuras dos vinte anos seguintes. Uma aventura amarga e grotesca que se desenrola na Europa do fim da Segunda Guerra até os dias de hoje. " - x

O que achei do livro

Uma leitura imposta, mas não comecei achando que seria ruim. Depois de enrolar muito, peguei o livro para realmente ler e demorei oito dias. Não achei o livro ruim, mas não gostei das partes em que aparecia o Braggadocio, todas as suposições e hipóteses eram grandes demais, repletas de nomes, me cansava e torcia para que as falas dele acabassem logo. Só no final do livro que fiquei realmente interessada e que fui perceber que essas partes seriam bem importantes - eu já nem lembrava mais que o primeiro capítulo havia sido cortado para voltar no tempo. Quando chegou a última página, fiquei com a sensação de que acabou de repente, talvez por acabar justo quando eu estava começando a ficar mais interessada. Sobre o jornalismo no livro: é claro que há várias críticas sobre como os jornais comandam o que as pessoas irão pensar, o que devem saber e o que seria bom não levar tanto destaque por interesses do jornal e essas coisas. Talvez a mensagem do livro seja um pouco do estilo de Braggadocio: desconfiar, pelo menos um pouco, de tudo que lemos e nos contam.