quinta-feira, 28 de maio de 2015

Talvez não

Estou mexendo no Facebook. Uma notificação: xxxx convidou você para o evento Tokio Hotel @ Citibank Hall / SP - 28/08 de T4F. Fui olhar, três pessoas do meu perfil já confirmadas, coloquei a opção "talvez" porque se houvesse no RJ, não faria sentido ir a SP - só se eu fosse rica. Olhei as postagens dos fãs alterados no evento e resolvi ler a descrição, que estava bem grande. Eis a primeira frase:

"A banda alemã de maior destaque internacional dos últimos 20 anos, o Tokio Hotel retorna ao Brasil para apresentação única! Com realização da TIME FOR FUN, a apresentação acontecerá em São Paulo, dia 28 de agosto, no Citibank Hall."

Fiquei sem conseguir acreditar porque... OUTRA VEZ ISSO? É praticamente a mesma mensagem de 2010: A produtora Mondo Entretenimento anunciou um show único do Tokio Hotel na Via Funchal, em São Paulo, no dia 23 de novembro. Parece que revivi esse instante cinco anos depois. Detalhe: estava dentro de uma sala de aula de informática, no meu curso, com a aula começando e eu descubro uma notícia dessas. Diferentemente de 2010, dessa vez eu senti decepção por alguns segundos, talvez um minuto, e depois me subiu a raiva, revolta e mais tarde a ansiedade. Eu estava acreditando que o Rio de Janeiro tinha chances, mas de novo, "única apresentação em São Paulo". Mais uma vez eu sinto São Paulo me atrapalhando. Ter show apenas em São Paulo significa gastar dinheiro com, além do ingresso, passagem e hotel. Fora isso, eu ainda estava sonhando mais: com essa turnê Feel it All, eles se associaram a empresa Adventures in Wonderland, a mesma que fez as coisas do 30 Seconds to Mars quando vieram em outubro no ano passado. Com isso, fizeram quatro pacotes VIPs e eu queria o pacote com  Meet&Greet... claro que eu queria o maior de todos, mas sendo $1,720.00 realmente é fora da minha realidade. Repare no dólar. Mesmo assim, ousava em pensar conseguir o mais baratinho, mas aqui estão os preços (pelo menos, o que vale para a América do Norte):

1 - Pacote Dancing in the Dark [pré-show]: $90

Acesso a passagem de som, álbum Kings of Suburbia, plástico laminado comemorativo VIP, recepcionista Adventures in Wonderland.

2 - Pacote Love Who Loves You Back [pré-show]: $190.00

Meet + Greet com Tokio Hotel antes do show, incluindo Perguntas e Respostas, ter uma foto profissional tirada com a banda inteira, entrada mais cedo na casa de shows, álbum Kings of Suburbia, luvas exclusivas de luzes LED, bracelete brilhante, plástico laminado comemorativo VIP, recepcionista Adventures in Wonderland.

3 - Pacote Great Day [pós-show]: $250.00

Depois do show, ter cerveja, vinho e drink para brindar o show com outros VIPs do pacote Great Day, Meet + Greet com Tokio Hotel antes do show, incluindo Perguntas e Respostas, ter uma foto profissional tirada com a banda inteira, tirar uma selfie com seu celular com a banda, entrar mais cedo na casa de shows, álbum Kings of Suburbia, luvas exclusivas de luzes LED, bracelete brilhante, pôster de edição limitada autografada por cada membro da banda, plástico laminado comemorativo VIP, recepcionista Adventures in Wonderland.

4 - Pacote Feel it All [pré e pós-show]: $1,720.00

Acesso a passagem de som, ouvir uma música em acústico no bastidor da banda com um amigo (o pacote VIP aceita duas pessoas), entrar no palco com o Bill, depois do show ter cerveja, vinho e drink para brindar o show com outros VIPs do pacote Great Day, Meet + Greet com Tokio Hotel antes do show, incluindo Perguntas e Respostas, ter uma foto profissional tirada com a banda inteira, tirar uma selfie com seu celular com a banda, entrar mais cedo na casa de shows, álbum Kings of Suburbia, luvas exclusivas de luzes LED, bracelete brilhante, pôster de edição limitada autografada por cada membro da banda, plástico laminado comemorativo VIP, recepcionista Adventures in Wonderland. 

Esse pacote Feel it All está tão acima do que eu posso que nem cogito a possibilidade, mas um Meet + Greet eu queria muito mesmo. Seria bom que fosse o pacote mais baratinho, mas o Dancing in the Dark só tem de interessante ver a passagem de som e sempre achei que isso tira um pouco da mágica na hora do show. O pacote Love Who  Loves You Back está ótimo para mim! Se houvesse show no Rio de Janeiro, eu poderia tentar, talvez, quem sabe, algum convencimento para comprar esse pacote. Mas sendo uma única apresentação em São Paulo dificulta muito! Mal sei se irei ao show ou não, imagina se ainda posso pensar em pacotes! Só fica aquela mínima esperança mesmo. 

Mas voltado a quando eu descobri do show. Comecei a ignorar totalmente a aula que estava sendo dada, matéria eu posso ler depois, o meu sentimento de ansiedade, nervosismo e incerteza estava muito forte aquela hora. Comecei a pesquisar: onde fica o Citibank Hall em SP, depois encontrei dois hotéis próximos e então pesquisei voos. Anotei os preços disso tudo, além do preço dos ingressos. A conta saiu bem alta e fiquei ainda mais tensa. Algumas horas depois, conversando com fãs que foram no show em 2010 também, uma do RJ e um de SP, e que também estão na incerteza mas já raciocinando estratégias para conseguirem ir ao show, me lembraram sobre ônibus. Ônibus! Como demorei tanto tempo para pensar nisso? Lembro que foi uma das primeiras possibilidades que pensei em 2010, "eu encaro seis horas de ônibus para chegar em São Paulo para estar nesse show" - porque eu fico enjoada com muitas horas na estrada. Mas acho que dessa vez, peguei como base minha experiência de 2010, então pensei logo em avião. Além de todas as despesas com deslocamento, os ingressos ficaram mais caros. Lembro que em 2010, com quase certeza, a premium era R$350. Eu sei que ao longo dos anos as coisas ficam mais caras e a produção deles talvez seja mais cara, mas mesmo assim:

Camarote 1: R$450 / R$225
Camarote 2: R$400 / R$200
Piste Premium: R$420 / R$210
Pista: R$220 / R$110

Tenho exatamente três meses para esse show acontecer. Em 90 dias muita coisa pode se resolver. Essa incerteza do futuro me deixa bastante angustiada. Já não sou mais fanática como em 2010, se eu não for a esse show não vou ficar sem conseguir comer direito como eu fiquei com 15 anos, mas ficarei triste, bem chateada mesmo, porque continua sendo Tokio Hotel né. Uma coisa que reparei é que eu postei aqui mesmo no blog que eles viriam ao Brasil pela primeira vez dia 27 de agosto - um dia antes do show desse ano. Ontem, dia 27 de maio, tive a confirmação do show deles em São Paulo - ainda não sabia que seria o único show no país, senão seria mais uma coisa em comum. Aproveitando esse momento comparativo, a casa de shows Via Funchal, que ficou marcada no meu coração, foi demolida ano passado. Então a minha suposição em sonhos que um dia eu poderia voltar lá para olhar aquele ambiente e lembrar do dia 23 de novembro de 2010 não poderá se realizar nunca mais. Deu muita pena quando soube disso. Procurei saber da capacidade do Citibank Hall: 7 mil pessoas. Acho muito difícil o show lotar, a capacidade do Via Funchal era de 5 mil pessoas e lotou, com muitos fãs de outras regiões viajando. Esse ano o show vai ter o púbico igual ao show passado, muita gente vai viajar, então sei que não vai ficar vazio, mas também não vai esgotar rápido. O que pode me preocupar é a premium - em 2010 todos ficaram afobados porque disseram que já havia esgotado em um dia, sendo que consegui comprar uma semana depois - e a venda dos pacotes que começa amanhã! Se eu tenho um mínimo de esperança que eu possa conseguir um Meet + Greet com eles, é isso aí. Para os ingressos: "Clientes dos cartões Citi e Diners Club contarão com pré-venda exclusiva entre os dias 2 e 8 de junho. A venda para o público em geral estará disponível a partir de 9 de junho.". Espero que até o dia 09 de junho eu já tenho uma resposta definida sobre minha situação, e que seja "Eu vou ao show".

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Quase lá... ou talvez não

Sonhei que estava dormindo e dentro deste sonho, sonhei que fui a um show do Tokio Hotel. Parecia mais uma passagem de som. Estava eu e mais alguns fãs, um deles subiu no palco e conseguiu beijar o Bill. Todos ficaram surpresos do Bill aceitar a realmente beijar um fã. Nessas loucuras de sonho, eu já estava numa sala pós-show e com Tom Kaulitz na minha frente. Como meu sonho foi mais realista, falei em inglês com ele. Consegui um abraço e um sorriso. Estava super feliz. O sonho foi basicamente isso, mas foi o suficiente para me deixar animada a manhã toda. Há muito tempo que não sonhava algo relacionado a eles. Entrei no Facebook. Descobri uma coisa.

"Tokio Hotel em SP: 28/8."

Não era rumor. Me mostraram o print da minha fonte de shows e não sei, de novo, como foi exatamente minha reação. Ele já tinha postado essa informação há duas horas, mas como eu estava fazendo trabalho, não vi na hora. Ok, tem data para o show de São Paulo, mas eu ficaria MUITO mais tranquila se também divulgassem a cidade do outro show e fosse Rio de Janeiro - na verdade eu não estou tranquila, porque não sei o que fazer. Se dissessem como em 2010, "única apresentação no Brasil" já estaria nervosa, ansiosa mas também já saberia o que deveria ser feito: pensar na possibilidade de ir até São Paulo mais uma vez. Olhei no calendário e é uma sexta-feira - pelo menos bem melhor que terça-feira.

Parece que tenho um feeling quando vão anunciar alguma coisa sobre Tokio Hotel. Senti vontade de colocar o DVD Humanoid City Live depois de meses sem ver. Anunciaram que viriam ao Brasil. Sonhei com show e que conheci Tom Kaulitz, perguntei mais cedo ao Flesch se não havia mais informações sobre a banda aqui. Divulgam a data do show em São Paulo. Estou começando a desconfiar que qualquer show ou pensamento sobre Tokio Hotel seja um indício de que terá mais informações sobre eles aqui. Ainda tenho esperanças de que seja aqui no Rio de Janeiro. TEM QUE SER aqui no Rio. Preciso disso. Não sei muito como agir porque não tenho certeza se terá aqui no Rrio ou não. De qualquer jeito, eu sempre corro aqui quando tem alguma novidade deles.

Acho legal que ao mesmo tempo que eu cresço, eles também crescem. Se eu for analisar as fotos desse ano, todos eles estão bem diferentes de quando comecei a gostar deles - talvez só o Gustav que não tenha mudado muito - e eu também estou bem diferente do que era - afinal, são sete anos! Enfim, ainda espero por Tokio Hotel no Rio de Janeiro.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Dia do Abraço

"Sentir o nosso coração ao mesmo tempo que o de alguém a quem damos um abraço faz-nos de tal maneira bem a saúde, traz-nos uma tal paz, que até existe uma forma de tratamento chamada terapia do abraço! [...] Abraçar alguém é como dizer-lhe: Olha, aqui estou para o que quiseres, de coração pra ti. [...] Não são só as pessoas solitárias, infelizes, inseguras, que precisam ser abraçadas. Abraçar bem dá-nos saúde. Mas não se trata de abraços sociais, de conveniência, em que duas pessoas se tocam apenas por fora - portanto, não se tocam -, nem de braços de dois amantes apaixonados que um ao outro se agarram. São abraços que acontecem porque saem cá de dentro sem que os travemos. Como expressão de um amor incondicional que nos habita - e de que não temos medo, porque o olhamos como algo que verdadeiramente nos liberta. [...] Abraços são uma espécie de foguetes capazes de fazer despertar moribundos ou fazer levantar da cama preguiçosos. Explosões de vida. Há quem goste de os dar para reafirmar um vínculo de amizade ou qualquer outro sentimento. E são uma das melhores festas gratuitas a que toda gente tem acesso. São abraços do fundo do coração, frequentes entre duas pessoas que, por nada pedirem a outra, cada vez que se encontram, recebem sempre muito - e apenas por isso são levadas a celebrá-lo. Quando um coração se abre para outro coração, há quase sempre uma qualquer maravilha que pode acontecer. Ou, quando mais não seja, uma sensação de paz possível, neste mundo cheio de guerras em que vivemos.  " x

domingo, 3 de maio de 2015

A (in)feliz história de um casal

Em um dia na Terra, nasceram dois meninos. Com o passar do tempo, a personalidade de cada um aparecia. Matheus sempre foi um bom menino. Bom aluno na escola, o orgulho dos pais, bonito, inteligente, era tímido, é verdade, mas possuía quase todas as boas qualidades que um filho pode ter. Rodrigo já era diferente, era sim um bom filho, mas sua presença sempre chamava atenção, corria para todos os lados, fazia todos rirem, dava mais trabalho aos pais. Matheus adorava carrinhos e luta. Rodrigo preferia ficar em casa e brincar com bonecas. Matheus atendia as expectativas dos pais. Rodrigo causava preocupação: como o filho poderia desejar brincar de boneca?! Os anos passaram, a pré-adolescência chegou. Nas aulas de educação física, Matheus era um dos melhores no futebol, enquanto Rodrigo observava longe, na arquibancada. Na área do amor, Matheus até tinha suas seguidoras atrás de um romance, mas nenhuma era muito especial. Rodrigo conseguiu uma namorada, mas não durou muito tempo. Mais alguns anos passaram e agora já no final da adolescência, o tempo trouxe uma surpresa: os dois ficaram próximos e em pouco tempo, melhores amigos. A cada dia e semana a amizade crescia numa velocidade anormal. Uniram-se. Aconteceu do amor aparecer para os dois - apaixonaram-se um pelo outro.
Formaram (mais) um casal na Terra e tornaram-se parte de uma minoria. Matheus nunca imaginou que entraria para esse grupo - Rodrigo sempre soube. De qualquer jeito, os dois nunca quiseram sofrer por isso. Não viam nada de errado em amar outra pessoa, independente do gênero. Matheus tornou-se uma decepção para os pais, mesmo que estes nunca tenham obtido uma resposta clara da situação do filho, supostamente "influenciado". Rodrigo passava por constantes tentativas de conversão - para os pais, o filho estar junto de outro garoto era algo inadmissível.
Nada disso mudava o fato dos dois garotos se amarem.
Entretanto, todas as complicações que surgiam por causa desse amor os fazia questionar o motivo de serem assim, afinal quem escolheria ter uma vida de constantes privações? Não demonstre carinho a pessoa amada em público, nada de mãos dadas ou atitudes suspeitas; aguente pessoas desconhecidas gritarem palavras de forma pejorativa; aguente ser motivo de fofoca entre as pessoas enquanto não faz nada de errado; seja motivo de atenção e receba olhares quando resolver não se esconder; escute das pessoas mais próximas o quanto você é desprezível e motivo de vergonha. Alguém escolheria essa vida?, pensava Matheus. Muitas pessoas não entendiam esse amor, muito ao menos desejavam entender, e o condenava. Nada pode sair dos padrões e do esperado - como ficam as expectativas já criadas sobre os meninos desde bebês? Está criado o dilema familiar. A mãe de Matheus dizia proibir que o filho saísse com Rodrigo, caso contrário ele seria contagiado pela doença, "Você não precisa disso, Matheus", dizia a mãe dele. O adolescente não saberia o que é melhor para ele, quem sabe melhor que o próprio é a mãe, ela que sabe de todos os sentimentos e pensamentos que o filho tem, ela que está presente em todos os momentos da vida dele. Matheus é proibido de encontrar com quem ama, não é certo amar alguém do mesmo sexo, é anormal. Matheus sempre foi um bom menino, nunca demonstrou ter tendências a pertencer ao grupo estranho, ele não pode ser um desses. Mas já era tarde demais, Matheus foi contagiado e condenado por seus pais. Ele só queria ser quem realmente era e estar com a pessoa que amava, mas não poderia fazer isso, afinal isso não é normal! Matheus e Rodrigo continuavam apaixonados, perguntando-se o motivo de serem dois garotos num mundo de tamanha intolerância e eram, apesar de tudo, um casal como outro qualquer.
Para aqueles que acreditam que o amor é o mais importante.