quinta-feira, 24 de julho de 2014

Curtidas dominam o mundo

Ah... o Facebook. Essa moda do momento, a rede social que revolucionou o mundo, Mark Zuckerberg o dominou. Excluído é quem não tem um perfil, porque como assim você não tem face?
Ajuda a fofocar, a fazer novas amizades, a chamar atenção, facilita trabalhos em grupo... são muitas funções e com elas o Facebook está presente na vida da maioria das pessoas. Há duas frases que sempre aparecem quando seus usuários estão prestes a entrar no mundo viciante: "No Facebook você pode se conectar e compartilhar o que quiser com quem é importante em sua vida." e "No que você está pensando?". Frases tentadoras, interessantes e com certeza persuadem pessoas a entrarem nesse mundo de curtidas e compartilhamentos.
"Quem é importante em sua vida" parece encantador, poder postar fotos ou escrever algo que vai direto para quem é importante, seja com a família ou amigos. O problema é que tornou-se "regra" adicionar quaisquer pessoas que façam parte da vida social, não precisa ser amigo, basta conhecer de vista que já é um pretexto para adicionar e ter mais um na lista de amigos do Facebook. O socialmente correto cria situações constrangedoras e às vezes a salvação é "deixar no vácuo", fazer aquela solicitação de amizade se esquecer, ou para os mais entendidos, mexer nas configurações e personalizá-las. Afinal, é possível ter duas mil pessoas importantes na própria vida?
"No que você está pensando?" - uma pergunta ousada. A resposta fica entre infinitas possibilidades, nem sempre boas para serem ditas. Por isso sempre há um filtro. Como já escutei uma vez, postamos o que queremos que as pessoas saibam o que estamos pensando. No Face ninguém é triste - exceção àqueles corajosos/carentes que postam "está se sentindo triste", às vezes com direito a uma pergunta filosófica.
Dentro desse mundo, há vários tipos de pessoas: quem posta tudo o que faz - o que fará/fez, onde vai/foi, foto da roupa, foto da comida, etc; quem posta o que pensa, sem filtros - esquecendo o "socialmente correto", publica polêmicas, grandes textos,  gera comentários em suas publicações, que podem ser interessantes ou perda de tempo, depende dos "amigos" em questão; quem usa moderadamente - uma vez ou outra compartilha algo, mas nada polêmico, apenas informações ou imagens que goste ou, se preferir, que curta; quem apenas observa - sempre há aquele familiar/amigo que passa a ideia de não entrar muito, por não atualizar a página de perfil, mas no fundo, sempre está vendo o que as pessoas postam, querendo saber o que fazem, olhando fotos, ligando uma foto a outra e por aí vai... esse tipo de pessoa também pode ser chamado de fofoqueiro.
Um dia desses estava passando canal na televisão e parei num que estava passando South Park, odeio esse desenho mas me chamou atenção por escutar falarem de Facebook. Percebi que o episódio falava sobre essa "obrigação" de alguém hoje em dia fazer parte dessa rede social e todos os atos que são "socialmente corretos" que vêm de brinde.
Mesmo que o Facebook domine as redes sociais e tenha tanta importância na vida das pessoas, a ponto de unir ou separar casais, seu reinado não será muito longo. Redes sociais são substituídas por outras e assim por diante, fazem sucesso com a mesma velocidade e intensidade que vão embora. Um exemplo disso é o Orkut - todos amavam aquelas comunidades. Quem diria, em 2008, que em três anos ele já seria considerado ultrapassado e mais três anos depois já teria uma data definida para sair do ar, 30 de setembro de 2014? Essa notícia causou um pouco de nostalgia naqueles que passavam horas no Orkut, mas tratando de redes sociais é assim. Já aguardo, curiosamente, qual será a poderosa rede que substituirá o Facebook, acabando também com todas as complicações que já trouxe a vida de seus usuários - mas claro que trará seus próprios conflitos.

Um comentário:

Renata Rodrigues disse...

Bom, ainda não se sabe exatamente qual rede social será a substituta do Facebook e que fará deste, o próximo em extinção daqui uns anos. Mas, surgiu uma rede social russa com um grande potencial e alguns milhares de adeptos aqui do Brasil pra provar a força, só basta saber se vai mesmo dar certo. O povo abrevia como VK. Li esses dias no portal do G1, olha: http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2014/07/fim-do-orkut-leva-orfaos-do-google-para-o-vkontakte-conheca-historias.html