Percebi que já não posso controlar tudo; mas eu nunca pude mesmo. Essa é a verdade, ninguém pode. Tudo é assim, por mais que tenhamos uma vontade enorme de ter o controle de tudo, lá no fundo sabemos que está fora de nosso alcance. Claro que o certo não é sentar no sofá e ver a vida acontecer. Decisões são precisas, assim como mudanças - mesmo que estas últimas provoquem um certo medo. Não preciso saber de tudo, todas as respostas, ter o controle de tudo. Agora me contento com o que sei, até onde eu consigo ir. Decidi me dar este descanso de querer tudo "perfeito", de tudo ser como "deveria ser". Preciso manter mais a calma, respirar antes de decidir as coisas, dormir se for o caso para não explodir com os pensamentos na velocidade da luz, dar um descanso para a mente, tentar enxergar um copo meio cheio. Também tenho pensado em apenas aproveitar o agora, deixar de pensar no futuro, no que pode acontecer, se o agora vai ser um tempo 'gasto'. Mas se o agora estiver me trazendo coisas boas, risadas, bem estar, não é preciso eu me preocupar com a duração disso. Basta saber que foi muito bom enquanto durou, saber que se tornará uma boa lembrança. Que seja para sempre enquanto dure. Além disso tudo, tentar de novo, porque nem sempre se consegue o que se quer numa primeira tentativa, não desanimar, não se comparar com os outros. Só espero conseguir isso tudo; com calma.
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"Vamos deixar para sofrer pelo que é realmente trágico, e não por aquilo que é apenas um incômodo, senão fica impraticável atravessar os dias" - Martha Medeiros
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