quarta-feira, 27 de junho de 2012

Melhores amigas


É difícil entender como se cria um vínculo com pessoas que o destino resolveu colocar em nossas vidas. Não qualquer vínculo, mas um vínculo forte. Tão forte que dividimos nossas emoções, sejam elas ótimas ou péssimas. Dividimos o nos que acontece durante o dia. Estamos sempre presentes para escutarmos como aquilo deu certo, ou como aquilo deu totalmente errado. Damos conselhos. 
A diversão é presente. 
A cantoria é presente.
A choradeira é presente. 
As saídas são presentes. 
Com as risadas nos sentimos mais unidos e com as lágrimas nos sentimos mais ainda. Com as brincadeiras o dia se alegra e nos deixa muito mais felizes durante a longa rotina. 
E com tudo isso, algo muito importante é preenchido, algo mais importante que coragem ou inteligência: boas lembranças. Estas permanecem no fundo do coração por anos e, quem sabe, até para sempre.
Melhores amigas ♥
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"A friend like you always makes it easy, I know that you get me every time" (Just Wanna Be With You - HSM 3)

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Festejei cedo demais


Então, é isso. Sabia que estava me animando demais com essa festa. Não estava esperando ser convidada, já estava acostumada a só ficar em casa. Mas fui convidada. Fiquei super animada porque, no meio de muitos possíveis convidados, eu fui escolhida! Não podia acreditar que eu iria naquela festa! Era motivo para me animar por uns longos dias. Fiquei pensando em como iria na festa, nas pessoas que também estariam lá, se eu iria gostar muito ou não, como iria ser aquela festa.
Passaram-se alguns dias e finalmente chegou o dia. Animada e ansiosa para chegar logo, não sabia o que fazer quando chegasse lá. Para minha sorte, foi tudo muito tranquilo e bom. A música estava ótima, os convidados eram de boa qualidade, a comida era ótima, eu não tinha o que reclamar de lá. Não queria que aquele momento acabasse, estava me divertindo demais. Mas uma hora teria que acabar; e acabou.
Mas essa festa acabou apenas fisicamente, porque na minha cabeça, ela ainda não havia acabado, ficava repetindo várias e várias vezes.
Após um tempo, resolvi falar com o dono da festa, para saber quando seria a próxima festa, já que assim eu poderia me divertir daquele jeito novamente. Tinha consciência de que eu poderia estar me animando demais, já que só fui numa festa dessas uma vez, mas acho que para mim era mais conveniente achar que estava tentando criar algum obstáculo contra o que me deixou tão feliz e que eu seria convidada para a próxima festa sim.
Como fui ingênua. Me comportei como uma criança de quatro anos que quando recebe um presente fica ansiosa para receber logo o próximo. Eu não estava na lista de convidados para a próxima festa. Não sei dizer exatamente o que senti ao saber disso. Na verdade, sei sim. Me senti ridícula, uma boba ao acreditar que só por eu ter sido convidada uma vez eu seria chamada para a segunda. Quando o dono da festa me explicou isso, é claro que eu disse que não havia problema, afinal eu não estava cobrando nada dele, só estava curiosa em saber quando seria a próxima festa. Minha sorte foi que não perguntei diretamente, apenas toquei no assunto de uma próxima festa.
O dono da festa para tentar amenizar essa informação, que eu realmente não esperava, disse que eu poderia ir na próxima festa que haveria. Respondi que se ele quisesse, eu poderia ir sem problemas; e assim, ele me convidou para essa festa. Não estou me sentindo bem com essa situação toda, lógico. Não gosto de lembrar que lá no fundo de minha consciência eu pensei na possibilidade disso acontecer, porque mesmo eu sabendo que isso poderia acontecer, me dei mal no final.
De qualquer jeito, não vou deixar de ir nessa festa; só não vou me divertir tanto quanto antes. Mas como não quero mostrar que fiquei chateada com essa situação, pretendo disfarçar o máximo possível esse meu desconforto. Era melhor eu nunca ter sido convidada para festa alguma, e ter ficado no meu canto onde frequentava por um longo tempo e já estava acostumada.


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Esta postagem é fictícia, qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência ;)

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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ainda é uma pessoa diferente

- Amiga, encontrei o Rodrigo na rua hoje..
- Não! Isso não é justo! Por que você encontra com ele e eu não?!
- Haha, incrível como você ainda se importa com ele. O Rodrigo é um idiota, parece que você nem liga para o que ele fez você passar! Parece que você gosta de ser a boba da história!
- Não é bem assim... eu não penso nele todos os dias, nem todas as horas. O problema é quando ele passa na minha frente, só isso...
- O que você diz não tem lógica! Você reclama de não encontrar o garoto, mas quando ele aparece no seu campo de visão você já sai correndo para que ele não te veja! É mesmo muito doido tudo isso. Você ainda gosta dele...
- Ai para... é que ele é diferente, ainda mexe comigo. Não é que eu ainda goste dele, mas ainda não é uma pessoa como outra qualquer.


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Esta postagem é fictícia, qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência ;)

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quinta-feira, 21 de junho de 2012

This Is What Makes Us Girls


Remember how we used to party up all night
Sneaking out and looking for a taste of real life
Drinking in the small town firelight
(Pabst Blue Ribbon on ice)

Sweet sixteen and we had arrived
Walking down the street as they whistle, "Hi, hi!"
Stealin' police cars with the senior guys
Teachers said we'd never make it out alive

There she was my new best friend
High heels in her hands, swayin' in the wind
While she starts to cry, mascara runnin' down her little Bambi eyes:
"Lana, how I hate those guys."

This is what makes us girls
We all look for heaven and we put our love first
Somethin' that we'd die for it, it's our curse
Don't cry about it, don't cry about it

This is what makes us girls
We don't stick together 'cause we put our love first
Don't cry about him, don't cry about him
It's all gonna happen

And that's where the beginning of the end begun
Everybody knew that we had too much fun
We were skippin' school and drinkin' on the job
(with the boss)

Sweet sixteen and we had arrived
Baby's table dancin' at the local dive
Cheerin our names in the pink spotlight
Drinkin' cherry schnapps in the velvet night

Yo we used to go break in
To the hotel pool, glimmer and we'd swim
Runnin' from the cops in our black bikini tops
Screaming, "Get us while we're hot. Get us while we're hot"
(Come on take a shot)

The prettiest crowd that you had ever seen
Ribbons in our hair and our eyes gleamed mean
A freshmen generation of degenerate beauty queens
And you know something?

They were the only friends i ever had
We got into trouble and when stuff got bad
I got sent away, i was waving on the train platform
Crying 'cause i know i'm never comin' back.

(This Is What Makes Us Girls - Lana Del Rey)

terça-feira, 19 de junho de 2012

Remendada


Percebi que sou toda quebrada por dentro, ou pelo menos remendada, cheia de defeitos e problemas.
Ao pensar em todos os problemas de uma vez só é demais para mim. Não aguento. Para mim é quase que um extinto fugir dessas coisas, se algo é desagradável eu simplesmente fujo, é simples e prático; sempre há coisas para ocupar a cabeça, não precisa ser pensando em coisas que deram errado ou que incomodam, principalmente se essas coisa já estão no passado. Mas se outras pessoas tocam no assunto a dor fica maior, porque é como se eu não me desse conta do quanto aquilo realmente me incomoda. Posso pensar que aquilo já foi apagado da minha memória, ou que não é algo tão sério e grandioso, mas basta alguém começar a falar sobre aquilo que parece o peso do mundo de uma vez nas minhas costas. 
Estou acostumada a nunca falar do que me deixa triste, porque só do fato de estar triste já me deixa mais triste e por aí vai. Se me obrigo a ficar sorrindo, mesmo que eu esteja triste por dentro,  acho que isso ajuda, não fico concentrada somente naquilo que fica me colocando cada vez mais para baixo. Mas uma conversa onde é colocada todos os meus pontos fracos, de uma vez só, não tem quem aguente; e aí, vem as lágrimas. Aquelas que pouco me visitam ao longo do ano e que, quando resolvem aparecer, chegam com tudo, fazendo questão de ter a presença de seus constantes companheiros soluços. Ao caírem, sinto meu corpo juntar-se a elas, me sinto uma pessoa fraca, me expondo desse jeito, aprendi a ser dura, ou pelo menos aparentar ser. Não gosto da ideia de ficar tão vulnerável na frente de alguém. Depois de alguns minutos, sinto que já fiz a besteira de deixar as lágrimas se manifestarem, então o que são algumas gotas para quem já está molhado não é? 
Tenho que aprender a não ter tanto medo de me ‘expor’ desse jeito e conseguir falar mais dos meus problemas procurando solucioná-los. Mas mudar hábitos é tão difícil e é tão mais fácil fugir de tudo e fingir que nada disso existe...

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Música da vez: Easier to Run – Linkin Park

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Apenas um segundo de coragem


Ela conseguiu o que queria. Tinha nas mãos o que retiraria todos os seus problemas, bastava decidir o que fazer com aquilo, se seguiria em frente ou não com aquela ideia. Só um segundo a mais de coragem e estaria tudo acabado. No momento em que estava sozinha lembrou-se de todas as amizades que já teve: todas no momento muito boas, mas nunca nenhuma que se sentisse tão bem, que passasse a maior parte do tempo junto e tenha durado longos anos. Lembrou-se dos amores: não tinha sorte com isso, nunca era elogiada ou olhada por nenhum garoto. Lembrou-se da família: sempre a colocava como a salvação da família, que conseguiria seguir seus passos. Ela não aguentava mais. Com nenhuma amizade forte, nenhum companheiro, toda a pressão da família, todo o passado que a atormentava, todos os arrependimentos, ela decidiu. Ela faria aquilo. Nunca mais teria que lhe dar com esses problemas. 
Ela dava adeus a todos. 



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Esta postagem é fictícia, qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência ;) 


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domingo, 17 de junho de 2012

Eu disse


Eu disse. Eu já sabia que isso iria acontecer. Então por que essa minha decepção? Chego a me sentir um pouco desconfortável em pensar que acreditei um pouco no que contrariava o que pensava. Já sabia que meu tempo estava acabando e não fiz nada para mudar a situação. Via quase todos a minha volta se mobilizando para melhorar o que tinha que ser melhorado, e eu não fazia nada. 
E o que eu queria? A consequência daqueles que faziam tudo. E o que eu ganhei? A consequência do que eu fiz. E o que eles ganharam? A consequência do que fizeram. Desistir? Essa escolha parece muito atraente para mim.
Mas não posso. 
Não agora. 
Desistir atrairia mais problemas, vindo de outras pessoas e inclusive de mim mesma. Ainda posso consertar essa besteira que fiz, mas não acredito que eu vá conseguir. Mudar os hábitos é preciso, isso é certo, mas não vejo luz nesse fim de túnel, embora algumas pessoas a vejam por mim.
De qualquer forma, acho que isso tudo já é um destino. Não que eu tenha que ficar parada aqui, esperando o destino fazer as coisas para mim, mas o fato de eu sentir o desejo de fazer as coisas, ou não, já está planejado ou não. Acho que toda nossa vida já é planejada, só não sabemos o que está por vir. Se eu tenho que passar por tudo isso, tudo bem, só quero que eu pelo menos saiba como é conseguir o que os outros conseguiram quando eu tentar de novo. Mas essa angústia e ansiedade de não saber o que está por vir é torturadora. Preciso me mover. Como conseguir fazer como os outros fizeram eu não sei, mas tenho que ao menos tentar de novo. Tenho a sensação de que todos irão seguir em frente e eu irei permanecer no mesmo lugar. 
Sozinha. 
Minha esperança já está em coma, mas com alguns empurrões talvez ela saia de lá.
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Música da vez: Runaway - Linkin Park

sábado, 16 de junho de 2012

Um dia de outono

Uma chuva de folhas começa a cair. Me encontro em um caminho onde não é possível avistar o fim, onde não há um som a não ser o sopro do vento aos meus ouvidos. A luz alaranjada tocando o chão clareia a trilha que se fez a minha frente, onde minhas companhias são o dobro do meu tamanho, criando uma cobertura sob minha cabeça. Gosto de passar meu tempo aqui, me sinto bem. Decido seguir em frente, na direção contrária ao vento, solto meu cabelo. Ao andar entre as árvores, encontro um lindo baú , entre as folhas ao chão, fico encantada com seu tamanho tão minúsculo e seus detalhes. Resolvo abri-lo. Encontro um pequena chave com um laço vermelho e um pequeno bilhete: Lembre-se de guardar a chave do seu coração. Apenas entregue-o para quem merecer.
Não sei de onde este baú veio, nem quem o colocou. Me pergunto se há alguém por perto, me observando. Não avisto ninguém, acredito que seja só eu, o vento e as árvores. Resolvo guardá-la comigo. Quando encontro um caminho, vejo que havia alguém esperando por minha chegada. Ao me aproximar dele, sorrindo, ele me mostra a mão fechada, segurando algo. Quando fico a sua frente, ele pede para que eu abra a sua mão e, ao abrir, vejo um pequeno coração com uma fechadura:
- Você leu o meu bilhete e pegou a chave, agora já tem o meu coração. 
Não sei o que dizer, estou surpresa. Após alguns segundos rindo para ele, encaixo a chave. Uma surpresa mais uma vez. Ao rodar a chave, uma parte do coração se abriu, e subiram dois anéis. 
- Passamos muito tempo juntos, rimos juntos, e acho que já está na hora de eu dizer o que venho pensando nos últimos dias: Eu te amo. Você me aceita como seu namorado?
Não consigo dizer o que senti naquele momento, mas com certeza foi algo muito bom.
- Sim, claro!
E este dia é o dia que marcou nosso primeiro dia de namoro e, após anos, ainda estamos juntos e muito felizes. Aquele dia de outono foi perfeito.

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Esta postagem é fictícia, qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência ;) 


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quinta-feira, 14 de junho de 2012

I F**ked Up


I fucked up
I made a mistake
Nobody does it better than myself
I'm sorry
I'm not afraid to say
I wish I could take you back but I can't

I'm so ashamed
You're in so much pain
I blamed you when things didn't go my way
If I didn't, you'd be here
If I didn't fight back I'd have no fear
If I took another path
Things would be so different, but they're not

I could have just kept my big mouth closed
I could have just done what I was told
Maybe I should have turned silver into gold
But in front of you
I was cold

I thought we had it all
You brought out the best in me
And somehow I destroyed the perfect dream
I thought we were indestructible
I never imagined we could fall
Do you wanna know how to make out loud
Telling your plans

We coulda bought a house with a swimming pool
Fill it up with Warhols
It would be so cool
Coulda gone buyin' estates in the countryside
With a pack of great things
Kissing eye to eye
We coulda do the world in a private jet
Run naked on the beach all soaking wet
We coulda found a mountain seen a perfect sunrise
Written our names across the sky
We coulda got a building built on the echo run
We coulda got ourselves arrested and sold our mum
We coulda live like crazy til' the day we die
Instead I made you cry

I fucked up
I made a mistake
Nobody does it better than myself
I'm sorry
I'm not ashamed to say
I wish I could have you back,
Maybe one day,
Or not

(I F**ked Up - Madonna)

terça-feira, 12 de junho de 2012

O dia dos casais

O dia que significa desespero para muitas pessoas. Dia de faturar dinheiro para outras. Dia solitário para outras. O dia dos namorados é um grande problema para aqueles que estão sozinhos. Ou não. Há aqueles que aproveitam o dia para caçar seus próximos amores, indo à shoppings, festas, ou até mesmo lugares turísticos. Um pouco louco, não? Quase enlouquecer, ou derramar algumas lágrimas, por precisar ter alguém que os faça feliz. Sou um pouco contra este dia, e não é porque estou solteira, vou explicar o que eu entendo desse dia: o dia dos namorados é um dia criado para as lojas ganharem um ótimo dinheiro em cima dos sentimentos das pessoas, é o dia que 'obriga' até aquele namorado cara de pau a dar presente - embora às vezes nem isso funcione -, é o dia que faz muitos quebrarem a cabeça pensando no que comprar para aquela pessoa que troca milhares de bactérias e passa horas junto, é o dia que faz alguns dos que não são chamados de 'meu amor' se sintam mal. Sou contra isso. Não que no dia em que eu estiver namorando eu não vá comprar um presente para o garoto, afinal quem não compra presente é mal visto, daria um presente mais por achar bonito a cena de namorados trocando presentes, principalmente as meninas ganhando pelúcias - na verdade eu nem sei muito o que pode se dar para garotos. De qualquer jeito, acho esse dia muito forçado com todos sorrindo ou procurando desesperadamente por alguém. Prefiro o Valentine's Day, esse sim é um dia bonito. Se você está achando que eu sou louca de ter escrito isso e que é o 'dia dos namorados' em inglês está enganado. Valentine's Day envolve todo o sentimento mais lindo de todos: o amor. Não só o amor entre casais, mas também o amor de família e de amizade, é o 'dia de quem você se importa', bem melhor do que um dia só para casais. De qualquer jeito, a realidade é que hoje é só para os casais, então: Feliz dia dos namorados para vocês que namoram!
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Música da vez: Valentine - Kina Grannis

sábado, 9 de junho de 2012

O desejo de mudar o que aconteceu

Horrível quando te lembram, mesmo que sem querer, da coisa que você mais se arrepende de ter feito. Sei que tem essa história de que não devemos nos arrepender de nada do que fizemos porque é isso que nos torna o que somos hoje, mas não dá. Simples assim, não consigo. Isso é um peso que carrego. Se eu pudesse voltar no tempo, mais do que certo eu mudaria isso. Não posso deixar de lembrar do filme Efeito Borboleta, eu mudaria uma simples palavra se pudesse. Só isso. Mas essa simples palavra mudaria todo este complexo presente na minha mente. Se eu mudasse essa parte do passado, será que este presente seria o mesmo? Creio que não, poderia ser muito melhor, como também poderia ser muito pior, mas valeria a pena arriscar. Pelo menos essa sensação de ter feito o errado, mais de uma vez, não estaria em mim.
E depois, ainda tem a sensação de ter perdido para alguém. O mais estranho é que perdi o que nem era meu. Isso seria é até ilógico. E a comparação é impossível de não ser feita. Perder para alguém que é o meu oposto nas áreas "mais importantes" pode, às vezes, mexer muito com o psicológico. Sentir um pouco de culpa por ter feito coisas no passado que criaram consequências que proporcionaram o que me perturba até hoje, gera um sentimento horrível. Uma sensação de eu estar sofrendo pelo o que eu mesma fiz, e é verdade.
Espero pelo dia em que irei me perdoar pelo que fiz, pelo menos achar menos pior, ou ter um outro ponto de vista disso tudo.
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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Se ela soubesse...

Eu não conseguia falar com ela. Não por falta de convívio, mas por falta de coragem. Já a conheço há três anos, mas nunca fui capaz de vencer este meu nervosismo quando se trata dela. Para conseguir pelo menos o mínimo de sua atenção faço brincadeiras, piadas e trocadilhos, muito bobas por sinal, mas são tão bobas que obtenho sucesso e consigo fazê-la sorrir. Na páscoa tive a sorte de ser sorteado por ela, no amigo oculto de barra de chocolate, e durante sua descrição sobre mim, estava em dúvida se era eu mesmo, e ao falarem meu nome, ela veio sorrindo até mim e me deu um abraço, simples, mas apenas isso já foi muito bom. Se ela soubesse que tenho este sentimento diferente por ela... não acho que ela perceba. Não deixo que perceba. Mas como nosso convívio, de apenas uma vez por semana, acabou, criei coragem e pela primeira vez toquei neste assunto com ela, não pessoalmente, virtualmente. Puxei conversa e depois falei que sempre tive vontade de chama-la para sair. Acho que ela ficou surpresa. Não. Ela ficou surpresa. Talvez ela tenha me achado um garoto antigo, meloso ou brega. Mas acho que ela não se incomodou com isso. Eu consegui esconder esta minha vontade muito bem, meu trabalho foi bem feito. Ao falar disso, ela ficou sem palavras, não sei se ela não sabia responder por não sentir o mesmo por mim, não respondendo aos meus sentimentos, mesmo sua resposta sendo bem simpática. De qualquer jeito, ela aceitou sair comigo, para minha felicidade. Dois dias depois, voltei ao computador, falei com ela de novo e perguntei se nossa saída estava confirmada mesmo. Para quê fui perguntar isso... ela, com todo jeitinho, respondeu que tinha uma festa para ir e não podia faltar de jeito nenhum. Não acreditei firmemente nesta resposta, levei isso como se fosse uma desculpa para não sair comigo, mas uma parte minha ainda acreditou. Claro que disse que não havia problema, mas fiquei triste porque demorei tanto tempo para falar com ela e levo um 'não'... ok, não foi exatamente assim, mas no fim das contas é como se fosse. Mas mesmo com tudo isso, quem sabe um dia eu tente de novo.



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Esta postagem é fictícia, qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência ;) 


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